sexta-feira, 16 de maio de 2008

Pioneer CDJ-400: com scratch, midi e USB, pra quê CDs?

E a Pioneer continua descendo a ladeira com lançamentos consecutivos. Depois do DJM-700 e do SVM-1000, chegou a vez do CDJ-400, que foi apresentado ao público semana passada, durante o evento BPM, na Inglaterra.

Basicamente uma evolução dos CDJ-100 e CDJ-200, desta vez o CD player da série econômica trouxe duas inovações à série: uma porta USB e um jog wheel com função de scratch. Apesar da alcunha “CDJ” no nome, o CDJ-400 se posiciona como “deck digital”. Ele pode ser espetado na USB de um computador e ser usado como controlador midi para o programa Pioneer DJS e o Serato Scratch Live, entre outros.

Continue lendo para saber mais, assistir a um vídeo do pessoal do site Skratchworx, ver fotos e uma rápida análise pra saber se a brincadeira vale à pena.

E o CDJ mais econômico encostou no mais caro

O CD player para DJs Pioneer CDJ-400, visto de cimaPode parecer bobagem, mas adicionar capacidades de scratch em um CDJ econômico é um passo importante na indústria de equipamentos.

Em 2001, quando do surgimento do CDJ-1000, o aparelho assombrava com a capacidade de fazer scratches usando os tradicionais CDs. Era e sempre foi a assinatura do aparelho. Tivemos o CDJ-800, mas este não vingou, por ser apenas uma versão econômica com uma diferença de preço muito baixa ao ponto de não justificar.

Agora, ao ofecer scratch no modelo mais básico, a Pioneer vai forçar uma forte mudança no mercado de aparelhos de CD players para DJs. Graças aos simuladores de vinil e controladores midi e a mudança na forma de consumir música, o CD está agonizando, e é preciso oferecer mais recursos por um preço melhor para sobreviver.

A tendência é que agora função de scratch seja obrigatória em qualquer aparelho, além de oferecer portas USB, que fazem do CDJ um mero controlador quando utilizada.

A concorrência que se cuide. Como diria Jack, O Matador, “todo mundo aqui vai dançar”.

Neste momento, contudo, várias perguntas ficam sem resposta. O que vai acontecer com o CDJ-200? Ainda existe uma demanda fortíssima pelo CDJ-100, que por mais simples que seja, dá conta de boa parte do mercado. Afinal, se o negócio é realmente tocar CDs, o resto é apenas adicionais.

E aí que mora o perigo pra Pioneer. O CDJ-200 começa a ampliar sua base agora, com muitos descobrindo a maravilha que é tocar com um CD-R repleto de arquivos mp3, e acabando com o troca-troca de mídias, a coisa que mais irrita qualquer DJ — mesmo os mais ágeis, já habituados com a rotina de trocar de disco a cada música, quando se toca com vinil, usam de estratégias de organização de seus cases para não perderem mixes por não conseguir achar uma música específica.

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